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Coisas da Vida

O pior inimigo da esquerda é... a própria esquerda!

catarina_martins.jpg

 

Nesta reta final da campanha eleitoral, já para não falar da total ausência de ideias claras, os líderes dos partidos tentam manter a cabeça à tona. Passeiam em ombros, fazem discursos com ar de quem está a sentir um orgasmo quando a frase preparada sai na perfeição. Limitam-se a criticar a crítica que o opositor fez à sua crítica...chega!

 

Mas o pior de tudo isto, quando tentam, desesperadamente, chamar a si o voto dos indecisos, dados pelas sondagens como os poderosos que podem decidir o rumo de Portugal, são os fantasmas das coligações possíveis pós-eleições.

 

Do lado da coligação que atualmente é Governo, a PàF (Portugal à Frente), já se sabe que, em caso de vitória, irá governar PSD e CDS. À esquerda, onde António Costa tenta colar o PS (sim, tenta colar porque, na verdade, terá de governar com austeridade, caso queira manter os compromissos com os parceiros europeus), as dúvidas passam pelo nome do partido com quem os socialistas terão de se coligar para conseguir governar. E aí, como se tem visto, não será fácil. 

 

Diariamente, tanto a CDU como o Bloco de Esquerda mantém um ataque cerrado a António Costa. Quase mais cerrado do que fazem à coligação. É a vontade do poder! "Quem tem de ceder é o PS", assegura Jerónimo de Sousa. "O PS é a desilusão destas eleições", acusa Catarina Martins.

A dúvida mantém-se, a campanha ajuda os indecisos a decidir ou a continuar indecisos? 

Afirmações que chegam, e sobram, para ajudar a clarificar os indecisos que, com uma eleição do PS (sem maioria, pelo menos) o país irá ficar "à deriva", à mercê de vontades partidárias pós-eleições. Por outro lado, do ponto de vista de discurso político, o Bloco de esquerda cola o PS às medidas de austeridade e aos compromissos existentes.

 

Por isso, aquilo queo PS pede, a poucos dias do fim da campanha eleitoral, é uma maioria absoluta que evite ter de contar com os partidos à esquerda para conseguir consensos de governação.

 

Sabendo disso, Passos Coelho antecipa e lança o fantasma da instabilidade, caso também a coligação PàF vença sem maioria, graças à força de bloqueio à esquerda. O que continua sem se perceber é a razão de não haver, desde já, vontade em governar, mesmo sem maioria, a bem do país, a bem do futuro, com pactos de regime nas áreas fundamentais.

 

Porque, o que se sabe, com toda a certeza, é que com a mudança de Governo (nem sequer se pode afirmar apenas em caso de mudança de partido no Governo) haverá mudanças radicais, um riscar com as medidas anteriores em áreas cruciais como a educação.

 

E tudo isto porque a eleição é para o Governo mas também para a Assembleia da República onde os deputados irão votar sempre a favor do partido que representam. Sem hesitação e sem questionar. Seria diferente se o voto na AR fosse livre. Sim, a instabilidade governativa também poderia ser uma realidade. Ou, quem sabe, os governos tivessem de levar medidas bem estruturadas e que realmente fossem aceites por uma maioria parlamentar. Mas os deputados são eleitos para cumprir o seguidismo do líder partidário e não para o bem do país!

 

A dúvida mantém-se, a campanha ajuda os indecisos a decidir ou a continuar indecisos?

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