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Coisas da Vida

Sim ou Não...

Para muitos a resposta será um imediato Sim, para outros, o Não nem se discute. A despenalização da Interrupção Voluntária da Gravidez voltou a ganhar um novo fôlego com a convocação do Referendo para 11 de Fevereiro, pelo Presidente da República.

Nos noticiários da noite foi possível ouvir as primeiras impressões dos líderes de opinião do nosso país. Mais uma vez se adivinha uma guerra política em vez de uma discussão concreta sobre um problema que existe desde sempre, e há-de continuar a existir.

Ouvi a presidente do Movimento pela Vida dizer que "despenalizar o aborto é o mesmo que despenalizar os condutores" para poderem decidir por eles próprios o limite de velocidade adequado. Será que estamos preparados para assumir tal responsabilidade?

No fundo, o que está em discussão é a despenalização das mulheres que pratiquem um aborto. Até concordo. Mas será que ao criar condições para que a IGV se faça de forma livre vai acabar com os problemas relacionados com esta questão. Ou, por exemplo, será mais um instrumento de pressão por parte de algumas empresas sobre as mulheres que trabalham?

É preciso não esquecer a necessidade de criar todo um conjunto de medidas em torno desta despenalização para evitar os abusos e não nos limitarmos apenas à ideoligia de determinado partido político.

Uma coisa é certa, com a chegada a portugal das clínicas especializadas (como é o caso da espanhola Clínica do Arco, tão usada pelos portugueses que até tem atendimento em português) será mais barato fazer um aborto, além da melhoria óbvia das condições de higiene para a realização das intervenções. Mas isto apenas se aplica a quem tem capacidade financeira.

As mulheres com menos recursos continuam a ter de recorrer aos hospitais públicos. Mas eu pergunto: Se as listas de espera para as operações, ou até para uma simples consulta, chegam a ter dois anos (as últimas notícias dizem que há mais de 227 mil doentes em listas de espera), onde vão entrar as cirurgias para os abortos? Não me parece exequível uma mulher esperar dois anos para fazer um aborto.

Ou seja, estas mulheres, as que realmente não têm condições para assumir um filho, vão continuar a recorrer às mesmas "carniceiras" onde vão actualmente. O Estado apenas evita os processos judiciais.

A avançar apenas desta forma, a despenalização servirá para o Governo varrer o problema para debaixo do tapete. Mais do que votar no Referendo, os portugueses devem exigir do Estado um verdadeiro empenho para resolver a totalidade do problema. Foi para isso que foram eleitos.

Paulo M. Guerrinha

CorrupFut, o novo desporto nacional

O elevado número de adeptos já merece que seja criada esta categoria no desporto nacional. E já dá para fazer competições internacionais. Não há dúvida que os casos de corrupção no futebol português se tornam já uma ofensa ao comum cidadão. Mesmo quem não gosta de futebol consegue ficar ausente de toda esta trapalhada judicial. Principalmente porque se assiste a uma total ineficácia da justiça em punir os autores destas manobras de usurpação de dinheiros alheios. E, quase sempre, os cofres do Estado (que pertencem a todos os cidadãos fartos de ser "castigados" com penalizações por causa do défice) sofrem duramente com as faltas de pagamento dos clubes de futebol.

José Veiga declara-se inocente mas aguçou-me a curiosidade a frase citada no jornal 24 horas: "Se ficar provado que não sou culpado, admito processar o Estado". Se for provado que não sou culpado? Então mas ele não tem a certeza? Enfim, podemos traduzir isto por: "Se eu por milagre me escapar desta..."

Restam ainda os casos "Apito Dourado", "Mateus" e tantos outros que continuam no segredo dos deuses. Mas esperemos que a Justiça seja feita.

Sobre o caso de José Veiga, e claro que, até prova em contrário todos somos inocentes, serão necessários seis anos para que se investigue um caso que envolve a contratação de um jogador? E ainda por cima, pelos vistos, isto só acontece porque houve uma denúncia anónima. O que, pelo que se sabe até ao momento, ou foi feita pelo jogador por se sentir lesado, ou então alguém que suspeita de fuga aos impostos. O que certamente terá acontecido se a transacção foi realizada nos moldes descritos, ou seja, para uma conta pertencente a uma offshore!

Ainda me recordo das afirmações públicas de Vale e Azevedo feitas em jornais e televisões gritando por justiça e jurando que era inocente. Claro que sim...

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